Segundo um estudo, aqui anteriormente publicado, a vasculopatia livedóide não possui nenhuma relação com o livedo reticular. Porém, por conhecimento de causa, afirmo com 99% de certeza, de que há relação sim! Até porque acredito não ser a toa a semelhança entre os nomes LIVEDO reticular e vasculopatia LIVEDÓIDE.
Para elucidar melhor o que estou tentando afirmar, vamos falar sobre o Livedo Reticular (LR):
O LR atinge de 1% a 5% da população sadia, e se caracteriza pelo aparecimento de manchas, de coloração vermelho-azulada, formando uma espécie de “rede” de “linhas” interligadas, seguindo a disposição das veias.
Trata-se de um fenômeno em que, por um distúrbio circulatório, as microartérias terminais da pele se fecham, deixando de fornecer sangue e oxigênio para os tecidos locais. Logo, numa espécie de compensação, as microveias reagem dilatando-se e ficando abertas. Não recolhem o sangue que deveriam recolher e o deixam irrigando e oxigenando os tecidos. É esse sangue acumulado que dá a cor vermelho-azulada que acompanha a disposição das veias na pele.
Atingem principalmente as extremidades dos membros inferiores e articulações, como antebraços, cotovelos, pernas, coxas, joelhos e pés. Em geral são discretos nos meses quentes e acentuados nos meses frios, porque nessa época já ocorre maior contração das arteríolas para manter o calor corpóreo. Acredito que o fator emocional também favorece seu aparecimento.
É importante ficar atento, pois há uma grande diversidade de causas que pode levar a diversas outras manifestações clínicas. O LR pode representar um sinal inicial de algum tipo de doença sistêmica, como a artrite reumatóide, o LES (lúpus eritematoso sistêmico) ou até mesmo a VL.
5 de maio de 2010
Livedo Reticular
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